Fig.1 Ref.:JVECC 21(2):104-122.2011 |
Historicamente há uma relutância para o uso da ultrassonografia para a avaliação da cavidade torácica por acreditar que o ar é um obstáculo intransponível para a formação de imagens adequadas, mas diversos trabalhos vêm mostrando a sua importância principalmente na emergência e na medicina intensiva.
O exame TFAST originalmente constituía-se de 4 posições: janela torácica (chest tube site - CTS) direita e esquerda para identificação de pneumotórax (PTX) e, a janela pericárdica (pericardial site - PCS) direita e esquerda para identificação de efusão e estimar preenchimento ventricular. O TFAST pode ser realizado tanto em decúbito esternal quanto em decúbito lateral (fig. 1). Atualmente Lisciandro (JVECC 21(2):104-122.2011) usa no exame de TFAST a janela DH do AFAST, pois vários trabalhos na medicina humana vêm demostrando o aumento da especificidade e sensibilidade na detecção de efusões pleurais e pericárdicas quando esta visão é adicionada ao exame.
O exame inicia-se pela janela CTS em ambos os lados. A janela CTS é um ponto estático, realizado com a probe colocada horizontalmente. Nessa janela (Fig. 2) observa-se a as costela formando sombras hipoecóicas, as quais são o ponto para a identificação da interface pleuro-pulmonar (linha PP). Junto, as costelas e a linha PP formam o sinal de deslizamento (glide sign). O sinal de deslizamento é descrito como o movimento normal de deslizamento do pulmão na parede torácica e é observado quando não há patologia pleural, pulmonar ou da parede torácica. Deve tomar cuidado para não confundir a linha PP com a linha A (air reverberation artifact), que são linhas subsequentes a linha PP. Na ausência do sinal de deslizamento tem-se indício de PTX.
Na presença de enfisema subcutâneo, não há a formação da imagem descrita acima.
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Fig. 3 Ref.:JVECC 21(2):104-122.2011 |
Outra imagem que pode ser visibilizada é a cauda de cometa (lung rocket ou comet tail artifact) que são linhas hiperecóicas que se originam do linha PP e elas excluem as linhas A e estendem para longe do campo, movendo-se como pêndulos (Fig.3). A presença de cauda de cometa e/ou sinal de deslizamento excluem PTX. A presença desse sinal indica uma lesão intersticial ("wet lungs" - edema, hemorragia, contusão).
Outro achado na janela CTS é o sinal de degrau (step sign) descrito como uma descontinuidade na linha PP, sendo correlacionado com fratura de costelas, lacerações intercostais e hemotórax.
Seguindo ao exame, faz-se a avaliação da vista PCS. Este ponto fica adjacente ao ponto onde o batimento cardíaco é palpado. Nesse ponto é feita a pesquisa de presença de efusão pleural ou no saco pericárdico. Também pode utilizar a janela paraesternal de eixo-curto e avaliar o volume e a reposição de volume durante provas de carga.
Lisciandro (JVECC 21(2):104-122.2011) recomenda que seja realizado a avaliação da janela DH AFAST durante o TFAST para melhorar a sensibilidade e especificidade na detecção de efusão pleural e pericárdica.
Ref.: Lisciandro, G.R. Abdominal and thoracic focused assessment with sonography for trauma, triage, and monitoring in small animal. JVECC. 21(2):104-122. 2011.
Seguindo ao exame, faz-se a avaliação da vista PCS. Este ponto fica adjacente ao ponto onde o batimento cardíaco é palpado. Nesse ponto é feita a pesquisa de presença de efusão pleural ou no saco pericárdico. Também pode utilizar a janela paraesternal de eixo-curto e avaliar o volume e a reposição de volume durante provas de carga.
Lisciandro (JVECC 21(2):104-122.2011) recomenda que seja realizado a avaliação da janela DH AFAST durante o TFAST para melhorar a sensibilidade e especificidade na detecção de efusão pleural e pericárdica.
Ref.: Lisciandro, G.R. Abdominal and thoracic focused assessment with sonography for trauma, triage, and monitoring in small animal. JVECC. 21(2):104-122. 2011.
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