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Mais de 50 mil visualizações!

O blog ultrapassou a marca de 50 mil visualizações !   Nesse ano, ele está com mais de 3 mil visualizações por mês !  Muito obrigado a todos! E vamos continuar na luta pelos nossos pacientes! Forte Abraço!
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Lactato no felino: estresse na colheita interfere?

O lactato é o produto do metabolismo anaeróbico celular, o qual é um importante biomarcador de estados de hipoperfusão, sendo pesquisado e utilizado na medicina intensiva e na emergência para avaliação do estado da microcirculação. Com uso de analisadores point-of-care, tornou-se de muita valia, pois sabe-se que a mortalidade em estados de choque é diretamente proporcional à demora na identificação e instituição da terapêutica adequada. Entretanto, na literatura há pouca informação sobre o lactato nos felinos e sua validade tem sido questionada, devido ao fato dos felinos normalmente debatem-se e ficam estressados durante a venóclise. Redavid e colaboradores realizaram estudo prospectivo para avaliação dos níveis séricos de lactato estão associado ao nível de relutância durante a venopunção. Foram incluídos no estudo 21 felinos hígidos, os quais foram hospitalizados durante 24 horas para simular o ambiente de internação. As colheitas foram realizadas em 3 tempos distintos:

CHLORIDE trial: restrição de cloro preserva os rins

Estudo australiano CHLORIDE ( Chloride High Level Of Resuscitation Infusion Delivered Evaluation ) objetivou determinar se uso de soluções intravenosas com baixo conteúdo de cloro estavam associados a melhores outcomes quando comparados ao uso de soluções com alto conteúdo de cloro. O estudo foi foi delineado com abordagem prospectiva, onde durante 6 meses 760 pacientes foram incluídos no grupo controle e após esse período foi realizado o período de intervenção com 773 pacientes durante mesmo período. Durante o período de intervenção, os pacientes receberam soluções pobre em cloro (Ringer Lactato, Plasma-lyte 148 e Albumina 20%). Avaliação primária do estudo foi realizado sobre o aumento da baseline de creatinina durante a internação e a incidência de lesão aguda renal (AKI - acute kidney injury ) utilizando a classificação RIFLE. Comparando o grupo controle versus o intervenção, obteve-se na avaliação da creatinina séria 22.6 µmol/L vs 14.8 µmol/L (P=0,03). Na avaliaç

Transfusão de concentrado de hemácias não melhora SvcO2 na reanimação de pacientes sépticos

Estudo publicado recentemente propôs avaliar o papel da transfusão de concentrado de hemácias na reanimação de pacientes em sepse grave e choque séptico recebendo EGDT. O estudo avaliou a SvcO2, alteração no SOFA ( Sequential Organ Failure Assessment ), tempo para alcançar PVC > 8 mmHg e uso de noradrenalina para manter a PAM > 65 mmHg; foi desenhado utilizando estudo de coorte restropectivo com n=93. No grupo que recebeu transfusão 71,9% dos pacientes alcançaram a meta de SvcO2 > 70% vs 66,1% dos não receberam a transfusão (p=0,30).  O delta SvcO2 aumentou 4,5% nos pacientes que receberam concentrado de hemácias e 3,1% naqueles que não receberam (p= 0,625), sugerindo que o uso de concentrado de hemácias não melhora a oxigenação tecidual.  Não houve diferença significativa nas outras avaliações do estudo. Portanto a transfusão de concentrado de hemácias não foi associado com a melhora na oxigenação celular, demonstrado pela não melhora da SvcO2. Há necessidade d

HES 130/0,4 vs Ringer acetato: The 6S Trial

A reanimação volêmica do paciente em sepse grave ou em choque séptico é de extrema importância e é um dos assuntos mais controversos. A muito tempo discute-se quem é melhor fluido para a reanimação desses pacientes. O 6S Trial ( Scandinavian Starch for Severe Sepsis/Septic Shock Trial) é um estudo multicêntrico (Dinamarca, Finlândia, Noruega e Islândia), randomizado, duplo cego o qual teve como objetivo avaliar mortalidade e disfunção renal em pacientes com sepse grave e choque cego submetidos a reanimação com HES 6% 130/0,4 ou com Ringer acetato. O estudo contou com 798 pacientes, onde no grupo amido apresentou maior chance de receber transfusão, maior chance de sangramento e necessidade de diálise, além de maior mortalidade. Concluiu-se que com esse estudo que o uso do HES 130/0,4 em pacientes com sepse grave ou choque séptico, foi pior que ao grupo ao qual utilizou-se Ringer acetato, pois houve piora na função renal e aumento da mortalidade aos 90 dias. Ref.:  Perner

Manejo da ventilação

Assegurar uma via aérea desobstruída é importante e é o primeiro passo para prover oxigênio para o paciente. Uma via aérea não beneficiará o paciente a menos que esteja ventilando adequadamente. A ventilação pode estar comprometida por uma via aérea obstruída, mas também por alterações da mecânica ventilatória ou por depressão do sistema nervoso central. A avaliação da ventilação durante a avaliação inicial (ABC) é realizada através da observação do movimento da parede torácica, palpação e percussão da mesma (cuidado pode haver fratura(s) de costela(s)) e auscultação. Dentre as possibilidades de ventilação inadequada estão a presença de dor que torna o padrão respiratório superficial e rápido, patologias de ocupação do espaço pleural (pneumotórax e efusões torácicas) que não permitem a adequada expansão pulmonar e o edema pulmonar que dificulta a hematose. Nos casos onde a ventilação esteja prejudicada por ocupação do espaço pleural deve realizar a toracocentese, que nessa

Capnogramas

Como descrito em post anterior, a capnografia é muito importante na monitorização do paciente crítico, sendo fundamental em alguns casos. Para tal é necessário o reconhecimento dos principais traçados na capnografia. Abaixo segue os principais traçados. Capnograma normal Obstrução da via aérea / Broncoespasmo Nota-se fase II e fase III prolonguadas. Hiperventilação Nota-se diminuição na altura do traçado. Hipoventilação Nota-se aumento na altura do capnograma. Cal sodada gasta Nota-se elevação da linha de base e pode ou não ter diferença na altura do capnograma, pois o capnograma pode permancer igual devido a hiperventilação. Entubação esofágica Pode-se ter uma variação na linha de base devido a fermentação gástrica. Vazamento da sistema Ref.: Kodali, B. Capnograms. Disponível em www.capnography.com.