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Monitorando o Paciente: Oximetria

A oximetria de pulso é um método não invasivo para mensuração da saturação arterial de oxigênio (SaO2).  A saturação de oxigênio é a porcentagem de hemoglobina que está ligado ao oxigênio. A SaO2 e o pulso são determinados pela passagem de dois comprimentos de onda de luz, um infravermelho e outro vermelho, através do tecido até o transdutor. A intensidade resultante de cada fonte de luz determina a SaO2. O oximetria de pulso pode sofrer interferência de vários fatores, dentre eles, a pigmentação e espessura da pele e/ou tecido, colocação da probe.

Animais que necessitam de oxigenioterapia ou estão sob anestesia devem ter a SaO2 monitorada além de monitorar sinais físicos de hipóxia (taquicardia, arritmias, alteração da pressão sanguínea, aumento da FR e alteração da coloração da mucosa). O uso da oximetria de pulso pode alertar antecipadamente uma deterioração do sistema cardiopulmonar antes de ser clinicamente visível. A SaO2 normal é 98%. Valores abaixo de 90% estão relacionados a PaO2 < 60mmHg.

Limitações da oximetria de pulso incluem a inabilidade de diferenciar a hemoglobina da carboxiemoglobina, a inabilidade de distinguir um declínio da PaO2 acima de 100 mmHg (uma queda da PaO2 de 200 mmHg para 100 mmHg vai continuar marcando a mesma saturação) ou a presença de metemoglobina. Resultados pode ser alterados por perfusão periférica deficiente, hipotermia, icterícia e anemia.

Ref.: Angel Rivera. Pulse Oximetry. Dísponivel em: http://www.animalemergencycenter.com/education.html

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